Síndrome do Pânico: Causas, Sintomas e Tratamento
A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por crises intensas e inesperadas de medo e sensação de morte iminente, conhecida como ataques de pânico.
Herlane Moreira
11/4/20245 min ler


O que é a Síndrome do Pânico?
A Síndrome do Pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por crises intensas e inesperadas de medo e sensação de morte iminente, conhecida como ataques de pânico. Esses ataques são acompanhados de uma série de sintomas físicos e psicológicos intensos, como palpitações, falta de ar e sensação de perda de controle. Para muitas pessoas, a imprevisibilidade e a intensidade das crises levam ao desenvolvimento de um medo persistente de novos ataques, o que pode interferir significativamente na qualidade de vida.
Causas da Síndrome do Pânico
As causas da Síndrome do Pânico são complexas e resultam de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Entre os principais fatores, destaque-se:
Genética: Pessoas com histórico familiar de transtornos de ansiedade têm maior probabilidade de desenvolver Síndrome do Pânico, indicando uma predisposição genética.
Neurotransmissores: Alterações em substâncias químicas no cérebro, como serotonina, dopamina e noradrenalina, que regulam o humor e as respostas ao estresse, estão associadas a ataques de pânico.
Personalidade e Temperamento: Indivíduos com temperamentos mais sensíveis ou propensos à insegurança e ao perfeccionismo apresentam um risco maior de desenvolver a condição.
Estresse e Traumas: Eventos traumáticos ou prolongados de estresse intenso podem desencadear crises de pânico, como perda de um ente querido, situações de violência ou mudanças radicais na vida.
Sintomas da Síndrome do Pânico
Os ataques de pânico associados à Síndrome do Pânico costumam ocorrer de forma inesperada e são extremamente desconfortáveis, com sintomas que podem durar entre 5 e 30 minutos. Esses sintomas são divididos em físicos e psicológicos:
1- Sintomas Físicos
Palpitações e aceleração dos batimentos cardíacos: A pessoa sente o coração bater de forma acelerada e intensa, como se estivesse sob ameaça.
Dificuldade para respirar e sensação de falta de ar: A respiração fica ofegante, gerando uma sensação de sufocamento.
Tontura ou sensação de desmaio: Sensação de fraqueza e vertigem.
Sudorese e calafrios: Episódios de suor frio ou calor intenso pelo corpo.
Formigamento nas extremidades: Sensação de dormência nas mãos, braços, pernas e pés.
Dores no peito: Muitas pessoas confundem com sintomas de ataque cardíaco, o que aumenta o pânico.
2- Sintomas Psicológicos
Medo intenso de perder o controle ou “enlouquecer”: Sensação de que se está perdendo a razão.
Sensação de morte iminente : Acredita-se que algo terrível irá acontecer, como um ataque cardíaco ou colapso.
Despersonalização e desrealização: Sensação de estar “fora do próprio corpo” ou de que o ambiente não é real, o que intensifica uma crise.
Esses sintomas geram um ciclo vicioso: a pessoa passa a temer a possibilidade de ter um novo ataque, desenvolvendo a chamada “ansiedade antecipatória”, que muitas vezes leva ao isolamento social.
Diagnóstico da Síndrome do Pânico
O diagnóstico da Síndrome do Pânico é feito por um profissional de saúde mental, e baseia-se nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) . Para um diagnóstico de Síndrome do Pânico, é necessário que uma pessoa tenha ataques de pânico recorrentes e inesperados, seguidos por um mês ou mais de preocupação contínua com novos ataques ou mudanças significativas em seu comportamento para evitar crises.
Tratamento da Síndrome do Pânico
O tratamento da Síndrome do Pânico envolve uma combinação de Psicoterapia, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicamentos. Abaixo as principais abordagens:
1- Terapia Psicanalítica
A terapia psicanalítica pode ser uma abordagem eficaz para tratar a Síndrome do Pânico, pois busca entender os aspectos profundos e inconscientes que podem estar relacionados ao surgimento das crises. Na Síndrome do Pânico, a pessoa experimenta episódios de intensa ansiedade e medo, acompanhados de sintomas físicos, como taquicardia, sudorese, tremores e uma sensação de morte iminente. Esses sintomas são extremamente assustadores e, muitas vezes, levam a um medo constante de novas crises, o que impacta muito a qualidade de vida.
2- Medicamentos
Medicamentos podem ser úteis para reduzir os sintomas de pânico e ansiedade, especialmente em casos graves. Os medicamentos mais comuns incluem:
Antidepressivos ISRSs (Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina) : Como fluoxetina e sertralina, que ajudam a regular o humor.
Ansiolíticos : Como o clonazepam, que é prescrito com cautela devido ao risco de dependência.
3- Técnicas de Relaxamento e Mindfulness
Essas técnicas são eficazes para ajudar a controlar os sintomas físicos do pânico e reduzir a ansiedade. Práticas como respiração profunda, meditação e mindfulness ajudam a pessoa a se concentrar no presente e a reduzir o foco nos pensamentos ansiosos.
Exemplo de exercício de respiração :
Inspire profundamente pelo nariz contando até quatro,
Seguro o ar por quatro segundos,
Exale lentamente pela boca também contando até quatro.
Repetir esse processo algumas vezes pode ajudar a irritar o sistema nervoso.
4- Mudanças no Estilo de Vida
Manter um estilo de vida saudável ajuda a reduzir a frequência dos ataques e melhorar o bem-estar geral. Isso inclui:
Atividade física regular: Exercícios liberam endorfinas e reduzem o estresse.
Sono adequado: Um sono de qualidade ajuda a estabilizar o humor.
Alimentação equilibrada: Reduzir o consumo de cafeína e açúcar pode diminuir a ansiedade.
Evitar o uso de álcool e tabaco: Essas substâncias podem intensificar os sintomas de pânico.
Dicas para Lidar com a Síndrome do Pânico no Dia a Dia
1- Reconheça os sintomas: Ao sentir os sintomas, tente considerar que é um ataque de pânico e que ele vai passar. Isso ajuda a reduzir o medo.
2- Pratique a Respiração Profunda: Em momentos de crise, concentre-se na respiração, inspirando profundamente e expirando lentamente.
3- Evite o Isolamento Social: Converse com as pessoas sobre confiança sobre seus sentimentos e evite o isolamento, que pode intensificar os sintomas.
4- Desafie Pensamentos Negativos: Identifique pensamentos negativos e catastróficos e questione a realidade deles, o que ajuda a reduzir a ansiedade.
Considerações Finais
A Síndrome do Pânico é um transtorno complexo e muitas vezes debilitante, mas com tratamento adequado, pois as crises de pânico podem ser controladas e a qualidade de vida restaurada. O autoconhecimento, o apoio social e a busca por ajuda profissional são fundamentais para o enfrentamento e o tratamento desse transtorno, que tem cura e manejo possíveis com o acompanhamento adequado.
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